É o que os adultos, integrantes do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) de Brumado (BA), vêm descobrindo ao longo das formações do projeto Ser Brincante e, mais recentemente, com a publicação Brincar pra quê?. Elaborada pela equipe de consultoras da Avante – Educação e Mobilização Social, que desenvolve o projeto em parceria com o Instituto InterCement. A publicação foi oficialmente entregue aos representantes do SGD do município, no dia 16 de julho, durante o quarto encontro formativo do Projeto.
“A publicação está sendo riquíssima pra mim. Muito bem elaborada, totalmente dentro da proposta dos encontros que temos tido. Um resumo de tudo que a gente viu e ainda vai ver nos próximos. Na verdade, contempla toda a dinâmica do Ser Brincante”, disse Elisabete de Jesus, coordenadora pedagógica da Escola Municipal Roberto Santos.
Ivanna Castro, consultora associada da Avante, que ministrou o quarto encontro de formação do Projeto, ao lado de Carolina Duarte, também consultora da instituição, destacou o quanto foi especial este encontro que teve como tema o mesmo mote da publicação: “Brincar pra quê?”. “O encontro teve um tom muito especial, discutiu o brincar livre e espontâneo como parte essencial do desenvolvimento humano, que é organizado e influenciado pela cultura social e econômica”, disse.
“Está tudo dentro daquilo que estudamos, brincamos e aprendemos de uma forma bem dinâmica. A formação contemplou tudo de uma maneira muito natural, muito alegre, que nos proporcionou momentos de prazer e brincadeira”, observou Shirlei Lobo Farias, da escola Maria Iranildes Lobo, sobre o formato lúdico e poético do material e das formações.
A publicação
O objetivo da publicação Brincar pra quê?, segundo Rita Margarete, consultora associada da Avante e coordenadora do projeto Ser Brincante, está alinhado com a proposta da inciativa, que “é fomentar o diálogo, favorecer a reflexão e mobilizar os adultos para a garantia do direito ao brincar, eles que são sujeitos fundamentais para esta garantia”, disse.
Dividida em quatro partes, é na terceira que a Publicação aborda, justamente, o papel do adulto para a garantia do direito ao brincar, discutindo as funções de planejar e organizar tempos e espaços; mediar a cultura do brincar e garantir esse direito, em casa, na comunidade/cidade ou na escola. No capítulo quatro, destaca: “O adulto tem um papel chave na brincadeira das crianças. O uso de diversas linguagens artísticas conecta mais uma vez o brincar com a identidade e a cultura, não apenas da criança, mas de toda uma comunidade, cabe ao adulto ser um mediador dessa cultura”.
Com um conteúdo riquíssimo sobre o brincar, a cultura da infância e a legislação sobre o direito ao brincar, as primeiras partes da publicação apresentam a importância do brincar, a concepção de criança adotada nesta publicação e as características do seu desenvolvimento, sobretudo na primeira infância. Além de enfatizar a potência da criança e a urgência da garantia de seus direitos.