O Roda Gigante chegou à Ilha de Itaparica pelo Terminal Marítimo de Mar Grande, na manhã de sábado, dia 20 do Mês das Crianças, e desembarcou uma Ciranda Infantil para mostrar que “Na Praça Também se Brinca”. A ação teve participação decisiva das Voluntárias Sociais da Bahia.
A criançada adorou o que viveu na Praça do Duro, pertinho do mar. O pessoal do grupo Gia, artistas que levam a brincadeira a sério, fazia os guris e gurias correrem atrás de bolas que no ar mudavam magicamente de direção. Sob um teto balançante de plástico, na cor mostarda, improvisado com cordas presas a postes e árvores, partidas de baralho eram ganhas pela alegria. Em mesinhas de gente miúda, papeis e lápis de colorir davam asas à imaginação dos meninos e meninas de Mar Grande.
Enquanto tudo isso acontecia, quebra-cabeças eram montados. Enquanto recordes de pula-corda eram quebrados, enquanto geladinhos de vários sabores refrescavam o sorriso da garotada, os músicos do Grupo La Matutina, com seus tambores cor-de-abóboras, se uniam aos artistas do Gia e a capoeiristas e seus berinbaus, e músicas infantis eram tocadas em ritmo de samba. Brincar, desenhar, cantar, o mundo girava em torno da praça.
Teve gente grande que saiu de casa só para ver o Roda Gigante girar, como aconteceu com os pais de Laiana, de cinco anos. “Ficamos sabendo na escola de Laiana e nos preparamos para vir. Afinal, são tão poucos os eventos para criança aqui na Ilha”, disse Rosa Vera Nascimento. Assim como a mãe, Edmilson Cerqueira, o pai, também lembrou a infância ao sentar-se no chão da praça para ajudar Laiana a montar os quebra-cabeças. “Faz bem pra ela e pra gente também. É algo que deveria acontecer sempre”, comentou o pai.
E teve gente grande que foi surpreendida pelo movimento. Foi o caso da mãe de Jeiziane. Jeane Miranda estava indo para a praia, com sua amiga e a filha de cinco anos, mas havia uma praça repleta de alegria no meio do caminho. Resultado, a praia foi esquecida por algumas horas enquanto a mãe assistia a filha que desenhava televisores de todos os tamanhos, que brincava com as outras tantas crianças, que corria atrás das bolas que flutuavam pela praça. “Vale a pena, a praia ela tem todo dia, isso aqui é que é raro”, disse a mãe.
Por: Carlos Vianna Junior