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REPI – BA leva primeira infância ao Fórum Dialoga Brasil Regional

Centenas de pessoas da Bahia (capital e interior), Sergipe, Alagoas e Pernambuco se fizeram presentes no Hotel Sol Bahia, em Patamares (Salvador), na sexta feira, 23 de maio, para o Fórum Dialoga Brasil Regional, para elaboração do Plano Plurianual (PPA 2016 – 2019). A Rede Estadual Primeira Infância da Bahia (REPI – BA) garantiu sua participação e aproveitou a oportunidade para incidir politicamente a favor da primeira infância. “Houve representatividade de diversos setores/áreas de interesse como moradia digna, reforma agrária, movimentos negros, religiosos, quilombolas, indígenas, juventude, pessoas com deficiências entre tantos outros. Mesmo assim, a maior concentração era do próprio poder público, principalmente o da Bahia”, conta Ana Oliva Marcilio, consultora associada da Avante – Educação e Mobilização Social, atual secretaria executiva da rede, que representou a REPI – BA no Fórum.

Após as falas oficiais, o Fórum abriu diálogo com o público/movimentos sociais presentes. Cada estado visitante pôde falar por 03 minutos e na sequência foram abertas 10 inscrições na audiência para novas colocações.  “O diálogo foi pequeno. Até porque o tempo era curto e a maior parte dele foi disponibilizado para o poder público que, inclusive, se retirou logo após sua fala”, conta Ana Oliva.

A representante da REPI – BA pautou a primeira infância a partir de questões sociais que atingem esse público de forma direta e indireta, por isso potencializou seus três minutos de fala ao abordar o terceiro ponto das 21 propostas de diretrizes para o PPA 2016/2019: Fortalecer a segurança pública, com integração de políticas públicas entre os entes federados, controle de fronteiras e promoção de uma cultura de paz.

Segundo ela, a escolha foi determinada pelo atual contexto da Bahia, que vive um momento crítico em relação ao tema (segurança pública e violência). Mas também pelo conteúdo do discurso do Governador do Estado, Rui Costa, que, na abertura do Fórum, atribuiu o fato de crianças empunhando armas a “uma questão de fé e família”.

Ana Oliva tomou como gancho para falar da repercussão da violência na vida das crianças a partir de uma relação entre a Lei Menino Bernardo (Lei 13.010/201) e o tema – uma Pátria Educadora. Ela lembrou que “a nação, assim como as famílias, têm usado violência e punição como instrumentos de educação e que para educar crianças sem violência é necessário que não toleremos relações de violência nem nos contextos micro nem macro”.

Em nome da REPI – BA, Ana Oliva defendeu a necessidade de por um fim aos autos de resistência seguido de morte. “É preciso responsabilizar o estado quando as mortes ocorrerem mediante força de segurança pública. Precisamos de uma segurança pública que proteja efetivamente o cidadão”. E frisou que a situação tem atingido a infância, seja pelas “balas perdidas”, seja pela morte de pais, irmãos, vizinhos, parentes e amigos. Ana finalizou enfatizando que violência gera violência, por isso é preciso interromper esse ciclo. E sugeriu investimento no enfrentamento à violência de gênero, raça e geração e no fortalecimento da paternidade”.

Após o evento, em e-mail direcionado a toda a REPI- BA, Ana Oliva sugeriu todos continuassem pautando a primeira infância e outros assuntos relevantes nos espaços virtuais de diálogo criados pelo Fórum.

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