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Redes parceiras do Paralapracá relatam coesão entre formação presencial e a distância

O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do Paralapracá é uma ferramenta de formação do Programa, que vem conectando profissionais que atuam na Educação Infantil, em paralelo às formações presenciais que acontecem nas redes municipais de educação, parceiras do Programa. Esse ano (2017), enquanto a formação presencial é realizada pelas técnicas das secretarias, a Avante – Educação e Mobilização Social é responsável pela formação a distância. Para garantir a coesão entre as duas modalidades, há o acompanhamento e apoio da Avante, por meio da coordenação de formação do Paralapracá, em constante diálogo com as equipes técnicas das redes.

Segundo a coordenadora de implementação do Programa, o grande desafio tem sido garantir uma sinergia entre esses dois momentos, promovendo uma convergência positiva de maneira estratégica, lúdica e inclusiva. Em resposta, as equipes técnicas têm desempenhado papel fundamental ao desenvolverem vias de apoio para o acesso das coordenadoras pedagógicas e equipes técnicas das secretarias, e articularem os conteúdos das formações, potencializando a sustentabilidade dos processos formativos das redes e da metodologia proposta pelo Paralapracá.

Uma dessas estratégias tem sido a utilização dos materiais disponibilizados no AVA durante as formações presenciais, para refletir sobre a prática, a partir das referências oferecidas na plataforma, e realizar aprofundamentos e alinhamentos conceituais. “O AVA oferece referenciais teóricos e práticos, que têm sido utilizados para enriquecer a formação presencial realizada com as coordenadoras pedagógicas, a partir das demandas das redes”, conta Luciana Ávila, que integra a equipe da Avante, responsável pelo acompanhamento dos processos formativos.

“Nos encontros presenciais, pautamos os ‘tesouros do AVA’ como forma de aproximação dessas duas modalidades de aprendizagem. Essa estratégia vem se mostrando eficaz à medida que ouvimos depoimentos das coordenadoras pedagógicas em relação às riquezas ali contidas, e de como estas as inspiram na elaboração da pauta da formação na instituição, na organização do ambiente, na reflexão de questões pertinentes e específicas da Educação Infantil e, principalmente, quanto a sua formação profissional”, conta Francisca Nepomucena, técnica da Secretaria Municipal de Educação de Maracanaú (CE).

Francisca Nepomucena relata os caminhos utilizados para manter a constância nas ações formativas presenciais, evidenciando as potências do AVA, para ampliar o repertório formativo das coordenadoras pedagógicas. “Nós organizamos grupos de coordenadoras pedagógicas, que são acompanhadas pelas técnicas da secretaria por meio de WhatsApp; em parceria com o Governo do Estado do Ceará, são organizados “Plantões AVA” no Centro Vocacional Tecnológico de Maracanaú (CVT), além de visitas técnicas às instituições e atendimento individual na Secretaria de Educação, conforme a necessidade”, disse.

Kelly Cristine, também técnica formadora da Equipe de Educação Infantil de Maracanaú, reforça a importância da interação entre as duas modalidades formativas. “As visitas técnicas e os atendimentos realizados com as coordenadoras pedagógicas vêm motivando-as a acessar o AVA, a realizar leituras e atividades dos módulos e a utilizar o material disponibilizado no Ambiente, nas formações presenciais, junto às professoras. Assim, cada vez mais as coordenadoras pedagógicas compreendem o AVA como espaço formativo e colaborativo de suas práticas nas instituições”, conta.

Em Olinda, além dos Plantões AVA e do contato direto com as coordenadoras pedagógicas, a equipe da secretaria produziu, no início do módulo Brincar, em abril, um pequeno vídeo mobilizador com teatro de bonecos. “Foi bastante gratificante ver o pessoal assistindo e se divertindo com o vídeo, no qual Maria, toda animada, chama João [Maria e João – personagens do teatro de bonecos] para brincar no AVA. Interessante é que Maria ensina ao menino João como é fácil e prazeroso o acesso à plataforma”, conta a técnica da secretaria de Olinda, Suzaní Rodrigues, ao compartilhar a peça no AVA, com as equipes dos municípios.

Para as coordenadoras pedagógicas, pensar na prática presencial com a criança, a partir de uma discussão feita a distância, é novidade. E como toda novidade, elas estão construindo esse olhar, como afirma a técnica da Secretaria Municipal de Educação de Natal (RN), Verônica Torres. “Quando despertam para esse novo horizonte, para essa sinergia que há no presencial e a distância – junto ao que ela estuda e a prática realizada no CMEI [Centro Municipal de Educação Infantil] – o feedback aparece e elas conseguem avançar, evoluir e começam a validar”, afirma.

Dupla de referência

A consultora associada da Avante e coordenadora de formação do Paralapracá, Rita Margarete, lembra que estas iniciativas são resultados de trabalhos que vêm sendo desenvolvidos há mais de três anos no contexto do Programa. “São resultados de planejamentos que as equipes técnicas faziam com o apoio da Avante, por meio das assessoras. Com relação à sinergia, as ações a distância devem dialogar com as ações presenciais, por isso mantemos um diálogo constante, para que uma ação colabore e enriqueça uma à outra”, reitera.

Uma das estratégias do Paralapracá para propiciar essa coesão foi a definição de uma “dupla de referência AVA Paralapracá” em cada município. As duplas são constituídas por duas técnicas da secretaria, formadas pelo Programa desde 2016, que hoje tomam a dianteira dessa força tarefa, articulando um time muito bem entrosado.

A parceira de Verônica Torres, em Natal, na formação da dupla AVA, Soraya Rodrigues, conta que os esforços para a articulação entre a formação presencial e a distância tem extrapolado o campo de ação da dupla AVA, tornando-se um trabalho de equipe no município. “As demais técnicas da secretaria têm se empenhado em dialogar com as coordenadoras pedagógicas, por ocasião do assessoramento às instituições. Nós apresentamos a elas o caminho percorrido, e assim, as pautas formativas têm privilegiado o acesso ao ambiente virtual”, disse. Ela reitera a importância da mobilização para o acesso ao AVA. “Nas diversas estratégias que usamos, para que o contato com as coordenadoras pedagógicas, presentes no AVA, seja o mais próximo possível, dialogamos sobre seu compromisso diante da formação e lembramos a flexibilidade do horário para realizar o acesso”, revela.

Uma parte do resultado desse trabalho de mobilização, realizado em cada um dos municípios parceiros, pode ser conferido no próprio AVA, uma vez que os fóruns estão coloridos com fotos e mensagens de formações e de atividades, que estão ocorrendo nos CMEI, a partir dessa construção sinérgica entre a formação presencial e a distância.

O Programa

O programa Paralapracá é uma frente de formação de profissionais da Educação Infantil, realizado pela Avante – Educação e Mobilização Social, com apoio do Instituto C&A. O trabalho se desenvolve a partir da formação continuada de formadores, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças, nesse segmento, com vistas ao seu desenvolvimento integral. Para tanto, é estabelecida parceria com as secretarias municipais de Educação, valorizando, ampliando e fortalecendo os saberes de cada localidade aonde vamos.

O Paralapracá foi lançado em 2010, como um projeto do Programa Educação Infantil do Instituto C&A, originalmente focado na região Nordeste. Desde então, chegou a dez municípios, em dois ciclos de implementação. Em 2015, com a chancela do Guia de Tecnologias Educacionais do MEC, ganhou caráter nacional.

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