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Cadernos de experiências

Assim se explora o mundo

As crianças, desde que nascem, buscam apropriar-se do mundo. Os primeiros anos de vida são um período de muitas descobertas. Por isso, quando o ambiente se revela favorável, a curiosidade é aguçada. É importante ajudá-las a elaborar perguntas acerca do mundo, observar diferentes ambientes, formular hipóteses, buscar explicações e utilizar diferentes fontes para acessar informações. Estes procedimentos valorizam as questões formuladas pelas crianças e as orientam na busca de respostas, fazendo com que elas expressem suas opiniões, interpretações e concepções e confrontem seu modo de pensar com os de outras crianças e adultos, contribuindo para que construam conhecimentos cada vez mais elaborados e estabeleçam relações com seus contextos.


Assim se organiza o ambiente 

O eixo Assim se Organiza o Ambiente, ao longo da trajetória do programa Paralapracá, mostrou-se fundamental para disparar reflexões sobre a importância desse componente curricular no desenvolvimento das crianças. O ambiente é um elemento de mudança nas relações entre professores e crianças, entre os demais profissionais da instituição e em uma maior aproximação dos pais, como será visto a seguir, neste Caderno de Orientação. A dimensão relacional do ambiente trata da qualidade das relações estabelecidas, do bem- -estar emocional e da implicação das crianças nas atividades realizadas, bem como do respeito aos seus
desejos e preferências.


Assim se faz literatura 

É fundamental um olhar cuidadoso para a literatura na escola, para não mecanizarmos ou institucionalizarmos esse momento, perdendo aspectos importantes do universo literário, como a magia, a criatividade, a espontaneidade. Cabe a nós, profissionais, possibilitar às crianças a convivência com esse universo recheado de encantamento, fantasia e aprendizagens. Este Caderno de Experiências explora diversas possibilidades da contação de histórias e da mediação de leitura no cotidiano da Educação Infantil a partir de relatos e reflexões dos professores e coordenadores, articulando esses relatos a argumentos teóricos e metodológicos de especialistas.


Assim se faz música 

O fazer musical no contexto da Educação Infantil não é, e nem pode ser, apenas uma conquista exclusiva dos músicos, podendo e devendo ser realizado de maneiras diversas e com outros níveis de competências, conhecimentos, possibilidades e recursos. A partir do mergulho nos relatos dos educadores, percebemos o quanto a formação continuada do Paralapracá estimulou outro modo de pensar sobre a música e o seu fazer no contexto da Educação Infantil. Os registros de experiência, alguns encontrados nessa publicação, nos fez perceber que pontos importantes do eixo Assim se Faz Música reverberam pelas diversas regiões e instituições com as quais trabalhamos.


Assim se faz arte 

Trazer o universo da arte para a Educação Infantil é oferecer às crianças processos construtivos em relação a essa linguagem artística, como também possibilitar o espaço-tempo necessário à imaginação e à criação. Através de explorações, experimentações e transformações, favorecemos as conexões entre sentir, pensar e fazer, bem como o exercício das funções simbólicas, aspectos fundamentais em todo processo de significação. Este Caderno de Experiências traz registros relacionadas às três ações que medeiam o aprendizado das artes visuais: o apreciar, o fazer e o refletir (contextualizar).


Assim se brinca 

O eixo Assim se Brinca propõe um diálogo sobre o brincar com profissionais de Educação, a partir de suas observações, reflexões e relatos de práticas. Esse foi o primeiro desafio lançado aos Centros de Educação Infantil pelo Paralapracá, em 2011. Nessa época, apesar da importância do brincar na Educação, e principalmente na vida da criança pequena, já fazer parte do discurso de profissionais e ser reconhecida em marcos legais e regulatórios que norteiam as políticas públicas para a infância no país, no cotidiano da Educação Infantil, não se traduzia em prática vivenciada em diversas instituições. O primeiro grande impacto percebido, a partir do que nos contam os professores e coordenadores das instituições, muitos registrados neste Caderno de Experiência é de transposição das barreiras existentes e um aumento significativo no brincar (em
termos de tempo, espaço, diversidade e materiais).

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