O projeto Vozes da Cidade: crianças e adolescentes participando da construção de Salvador foi apresentado em mais uma região administrativa da cidade: Cabula/Tancredo Neves. A apresentação ocorreu no dia 6 de maio, no auditório, praticamente lotado, da Prefeitura-bairro da região. Estavam presentes conselheiros e lideranças comunitárias, que, juntamente com o subprefeito, José Miguel, elogiaram a iniciativa e declaram apoio às ações do projeto.
Demonstrando ser um admirador e um conhecedor do Vozes da Cidade, o subprefeito reforçou a apresentação da equipe do projeto, explicando algumas dúvidas surgidas na plateia. Para ele, o trabalho desenvolvido pelo Vozes da Cidade segue o caminho mais correto no sentido de melhorar a nossa sociedade. “É na base da sociedade que o país tem que focar, para assim ser, realmente, uma pátria educadora. E é justamente nessa faixa da sociedade onde temos os piores indicadores”, disse.
O subprefeito falou também sobre a sua percepção em relação à falta de participação política das crianças e adolescentes. “Um exemplo é a dificuldade que temos de unir boas lideranças comunitárias porque quase nenhuma delas teve uma formação de participação política em sua juventude, muito menos na infância. Começar a fazer isso, dar voz aos mais jovens, fará com que no futuro as prefeituras-bairro contem com mais lideranças participativas e conscientes de seu papel”, explicou.
Barbara Conceição, liderança comunitária de Sussuarana, lembrou que já conhecia alguns trabalhos da Avante – Educação e Mobilização Social, que é parceira técnica local do projeto, e elogiou a iniciativa do Vozes da Cidade. “É ótimo dar vez e voz aos adolescentes. Fui orientadora de uma das turmas do PROJOVEM (Programa Nacional de Inclusão de Jovens – governo federal) que quando acabou deixou marcada a sua importância, pois os jovens ficaram desassistidos. Qualquer iniciativa que os faça se sentir reconhecidos e mais participativos é de grande ajuda para as comunidades”, disse.
Lourival Gregório da Conceição, presidente do Conselho Comunitário Cabula/Tancredo Neves, também parabenizou a iniciativa, mas disse que é preciso vê-la posta em prática. “Já vimos muitos projetos que ficam só no papel”. O conselheiro, no entanto, demonstrou disposição em colaborar para que o projeto tenha sucesso. “Podemos continuar auxiliando como já fizemos. Para essa reunião, por exemplo, convidamos pessoas que podem ser importantes para esse trabalho de mobilização. Além disso, pretendemos fazer novas reuniões com o intuito de falar mais sobre o projeto”, acrescentou.
Fernando de Barra, presidente do Conselho Comunitário do Arraial de Cima, acha que projetos como esses fazem falta no bairro dele. “Tem muitos meninos atrás de drogas, precisando de uma direção, de uma oportunidade de se sentirem úteis. Entender suas necessidades é um grande passo”. Ivana Paiva, presidente da Associação Comunitária de Mata Escura e Calabetão (ACOPAMEC) achou o Vozes da Cidade muito interessante. Ela disse que a entidade que preside tem focado muito nos adolescentes da região. Ivana Paiva, assim como outros conselheiros e lideranças, pediu para ser municiada de informações sobre o projeto como suporte para o trabalho de mobilização em seus respectivos bairros. O que demonstra a boa receptividade e interesse sobre o Vozes da Cidade.
O Vozes da Cidade é um projeto inscrito na iniciativa do UNICEF Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), que está acontecendo em mais sete capitais do país. Tendo a Avante-Educação e Mobilização Social como parceira técnica local, o projeto é uma realização conjunta da Prefeitura Municipal de Salvador, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e do UNICEF.
