“Cheguei à escola e a professora estava no intervalo em sala brincando de boliche. Procurei ficar o mais discreta possível, estava aquele alvoroço. Então o pequeno Samuel me chama, pegando em minha mão, e diz ‘tia vem cá, vou te contar uma história’. Ele vai em direção à mala. Enquanto eu o sigo, as outras crianças continuam brincando. ‘Tia, senta, e todo mundo vem ouvir a história’, convida Samuel. Nesse momento, a coordenadora chega e diz que ele adora contar histórias como se fosse professor. ‘Ei! vem ouvir a história do tubarão’, grita Samuel. A professora interrompe a brincadeira e pergunta quem quer ouvir história. Todos gritam: eu, eu, eu…Ficamos num cantinho, ligo a máquina e Samuel conta histórias pra todos. Depois mais duas crianças pedem pra contar a mesma história.
Foi muito bom vê-los inteirados com os livros, estavam felizes, brincando. A mala estava à disposição das crianças e percebi que eles gostam de estar ali”.
Iany Bessa, Assessora do Projeto Paralápracá no município de Caucaia (CE)