O Ministério da Saúde fez recomendações de adoção de medidas não medicalizantes para crianças, quando estiverem sob tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Trata-se de padrão persistente e severo de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que provocam prejuízo ao desenvolvimento infantil e ao funcionamento social, acadêmico ou ocupacional. As recomendações são baseadas em análises sobre o transtorno, que incluem como ele tem sido diagnosticado e tratado no Brasil e qual a efetividade e riscos associados ao uso do metilfenidato, medicamento utilizado para o tratamento, conhecido mais comumente como Ritalina.
Alertando que o aumento do consumo deste medicamento, que vem acompanhado de uma utilização abusiva em creches, escolas e centros de assistência social, é resultado de uma imprecisão diagnóstica, o Ministério propõe abordagens terapêuticas não medicalizantes, além da elaboração de protocolos de prescrição (municipal e estadual) para o uso racional do medicamento. O documento tem o objetivo também de estimular uma compreensão mais integral das dificuldades de aprendizagem apresentadas por crianças e adolescentes.