“A Deusa que habita em cada uma”. Este é o nome da coleção de moda étnica produzida pelas mulheres do projeto IPA – A Força Empreendedora das Mulheres. O projeto, iniciado em julho de 2016, pretende qualificar e contribuir para a formação profissional de mulheres integrantes de terreiros de candomblé do Engenho Velho da Federação, em Salvador, através de um empreendimento de costura de temática afro-brasileira, baseado nos princípios de economia solidária.
Após cerca de um ano de coletividade e qualificação, as mulheres dos terreiros Tanuri Junsara e Cobre partem para uma nova etapa: o planejamento da primeira coleção. Carolina Duarte, consultora associada e coordenadora do projeto, explica que a escolha do nome da coleção “aborda a identidade cultural das mulheres, a partir da perspectiva do candomblé, e reflete o fortalecimento da autoestima das participantes do IPA, a partir do pressuposto de que elas são fortes e guerreiras”. Este fortalecimento ratifica um dos objetivos do projeto que visa contribuir para a autonomia e empoderamento das mulheres oriundas de terreiros.
Artigos de moda feminina, como: batas, saias e blusas, alguns acessórios, como: bolsas, e peças como a kaftan (túnica de mangas largas, muito tradicional no Marrocos), também em versão masculina. As peças compõem a coleção que ainda será apresentada e comercializada à comunidade. O IPA é uma iniciativa da Avante – Educação e Mobilização Social (www.avante.org.br), em parceria com a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (SETRE), por meio da Superintendência de Economia Solidária (SESOL).
IPA
O projeto preenche uma lacuna no mercado de trabalho de Salvador, que não absorve uma parte considerável das pessoas oriundas de terreiros por questões de idade, escolaridade, experiência profissional, e pelo preconceito que perpassa pelo local que moram, cor da pele e religião.
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