Cooperativas trabalhando em rede. Uma experiência nova e rica que foi um dos principais temas do último Encontrão Florescer de Cooperativas que aconteceu no último dia 18 de dezembro no Hotel Monte Pascoal, na Barra. O encontro também marca o encerramento das ações do projeto que entre 2011 e 2013 atuou no sentido de fortalecer cooperativas já existentes na comunidade do Calabar e fomentar a criação de mais três novos grupos produtivos.
Durante o encontro foi feita uma avaliação da caminhada de cada cooperativa e discutido o encerramento do projeto. “O Projeto Florescer acabou, mas agora temos como ajudar uns aos outros. As experiências podem ser partilhadas com a cooperativa da COOPS, que também é de alimentação e dessa forma podemos nos ajudar”, disse o cooperado Jau Santos da COOPABOM. “O projeto nos deixou com várias máquinas e formação para continuarmos com as costuras”, reforça Arlete Silva, da COOPERCID.
O projeto teve também como foco contribuir para a consolidação das mulheres cooperadas na vida comunitária para que possam colaborar como cidadãs conscientes, desempenhando o seu papel transformador na sociedade. O público feminino é maioria entre os cooperados do Florescer e caminhou junto com o projeto nestes dois anos: “Ainda temos muita coisa a aprender, mas já demos o primeiro passo junto com o Florescer”, conta Balbina Souza, da COOPERCRIA.
“O Florescer foi uma demanda da comunidade do Calabar e entorno visando o fortalecimento e o fomento de novas cooperativas. Ao final, foram fomentadas três novas cooperativas e prestado apoio de formação àquelas já criadas”, diz Fabiane Brazileiro, coordenadora do projeto Florescer e da Linha de Formação para Trabalho da Avante. Uma das cooperativas fomentadas ao longo destes dois anos destaca – se como uma experiência inédita por ser a primeira cooperativa de estética da Bahia, a COOPCHARME, na Roça da Sabina.
“As sementes que foram plantadas agora germinam em terreno fértil. A política pública de economia Solidária na Bahia tem avançado no sentido de gerar demandas para que os grupos produtivos possam se fortalecer sustentavelmente. Ainda assim, há que se avançar com relação à política pública municipal, que ainda é inexistente. São empreendimentos como esses que geram renda a pessoas com baixa escolaridade que não conseguem oportunidades no mercado formal de trabalho”, finaliza Fabiane.