A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), criada em 2015, tem como objetivo promover a saúde da criança e o aleitamento materno, a partir da gestação até os 9 anos de vida, com especial atenção à primeira infância (0 a 5 anos) e às populações de maior vulnerabilidade. Elaborada de forma coletiva, com a participação de especialistas ligados à saúde e aos direitos da infância, bem como a sociedade civil, por intermédio da Pastoral da Criança e da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), sintetiza para os gestores estaduais, municipais e profissionais de saúde os grandes eixos de ações que compõem uma atenção integral à saúde da criança e aponta estratégias e dispositivos para a articulação das ações e da rede de serviços nos municípios e regiões de saúde.
Na edição nº 54, de março 2016, da Revista Divulgação – segundo número dedicado à Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis (EBBS) -, será visto um verdadeiro caleidoscópio de experiências desenvolvidas nos territórios pelos diversos atores responsáveis pela formulação e implantação da PNAISC. Assim, vários capítulos se referem às vivências desses profissionais nesta difícil arena do apoio institucional. Um locus frequente em que isso se deu foi o das maternidades do país aderidas à Rede Cegonha, onde desenvolveram trabalho de fomento das boas práticas obstétricas e neonatais, um processo de verdadeira mudança cultural no sentido da humanização e do respeito às evidências científicas.
A publicação traz também o conhecimento da equipe da EBBS no campo da psicologia, em particular usando o pensamento de Winnicott, sobre temas tão relevantes para a saúde e o pleno desenvolvimento infantil quanto o ‘ambiente facilitador’, a ‘amamentação’, o ‘brincar’ e a ‘paternidade’, todos conceitos de essencial compreensão para o entendimento da dimensão emocional da criança, aspecto primordial de ser protegido e cuidado pelos gestores públicos responsáveis pela implementação das políticas públicas dentro da PNAISC.
*A revista Divulgação em Saúde para Debate é uma publicação do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES)