A equipe de assessoras pedagógicas do projeto Paralapracá do Instituto C&A conta com uma nova integrante. Ana Dourado (com a camisa do projeto na foto) assume a posição de Cida Freire, que acompanhava as atividades do projeto no município de Olinda (PE) e deixou o posto para ocupar o cargo de gestora de educação infantil do Estado de Pernambuco.
Além de Olinda, o projeto Paralapracá é implementado nos municípios de Camaçari (BA), Maceió (AL), Maracanaú (CE) e Natal (RN). A ação integra o programa Educação Infantil do Instituto C&A e visa contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento às crianças na educação infantil, com vistas ao seu desenvolvimento integral. O projeto se desenvolve em aliança com Secretarias Municipais de Educação (SMEs) e possui dois âmbitos de atuação: a formação continuada de profissionais de educação infantil e o acesso a materiais de uso pedagógico de qualidade, tanto para crianças quanto para professores. A Avante – Educação e Mobilização Social, atua no projeto como parceira técnica.
O projeto Paralapracá opera com uma assessora pedagógica em cada município de atuação. Tais profissionais têm o papel de gerir a implementação do Paralapracá junto com os supervisores do projeto nas redes de ensino. Elas também são responsáveis pela formação dos coordenadores pedagógicos e dos técnicos que atuam com a educação infantil nas SMEs. Suas atribuições incluem a realização de visitas técnicas aos centros de educação infantil que participam da ação, com o objetivo de monitorar o desenvolvimento do projeto Paralapracá no ambiente das escolas, orientando e formando as equipes dessas instituições. “Elas são o principal elo entre a coordenação do projeto e os municípios parceiros”, sintetiza Janine Schultz, coordenadora do programa Educação Infantil do Instituto C&A.
Ana Dourado, cuja ação como assessora do projeto Paralapracá em Olinda se estenderá a aproximadamente 30 creches e pré-escolas, é graduada em história e doutora em teoria da literatura pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A especialista também é mestre em livros e literatura para crianças e jovens pela Universidade Autônoma de Barcelona (Espanha) e em história social da arte pela Universidade de Essex (Reino Unido).
Com uma trajetória profissional de quase 30 anos na área de educação, Ana já atuou em organizações da sociedade civil e no setor público. Antes de entrar para a equipe do projeto Paralapracá, foi secretária-executiva de alfabetização e aprendizagem na Secretaria Municipal do Ipojuca (PE). Entre 2013 e 2014, a especialista ocupou o cargo de coordenadora-geral de literatura no Ministério da Cultura (MinC). Outro destaque em seu currículo foi a atuação como coordenadora do programa Prazer em Ler do Instituto C&A, entre 2007 e 2009.
“Adorei os materiais do projeto Paralapracá e imagino que as práticas e os processos formativos, que estou conhecendo aos poucos, também sejam fantásticos”, diz Ana. Além da profissional, compõem o grupo de assessoras pedagógicas do projeto Paralapracá Geisa Andrade, em Maceió; Iany Bessa, em Maracanaú; Rita Margarete, em Camaçari; e Selma Bedaque, em Natal.
Cida Freire, por sua vez, atuou no projeto Paralapracá por quatro anos, tendo sido assessora pedagógica inicialmente em Jaboatão dos Guararapes (PE), município que participou da iniciativa entre 2010 e 2012. Antes de ingressar na atividade, Cida era secretária-executiva do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil (Mieib) em Pernambuco.
“Sempre lutei pela qualidade da educação infantil. Trabalhar no projeto Paralapracá me permitiu presenciar a consolidação dessa qualidade nos municípios em que atuei, bem como das concepções de criança e de educação que sempre defendi”, diz Cida. “Fazendo incidência política e pedagógica, pude ver na prática que era possível melhorar a educação infantil nos municípios”, explica.
Sobre a nova função que exercerá no governo de Pernambuco, Cida ressalta: “Será um grande desafio e o que aprendi com o projeto Paralapracá será muito importante para mim como base. Continuarei tentando consolidar a educação infantil de qualidade, por meio da formação continuada de professores e do oferecimento de bons materiais para os educadores, só que agora no papel de gestora pública”, sintetiza.
A função exercida por Cida no governo do Estado de Pernambuco desde o começo deste mês atende a uma determinação da Constituição Federal Brasileira de 1988. Segundo a legislação, o oferecimento da educação infantil é uma atribuição dos municípios, mas deve ser feito com “cooperação técnica e financeira” (artigo n° 30, inciso VI) da União e dos Estados. “A proposta é oferecer aos municípios interessados formação continuada para os profissionais que atuam em suas secretarias de educação e também alguns materiais com subsídios teóricos sobre o tema”, explica Cida.
Fonte: Site do Instituto C&A.